Corações que querem ser amados todos os outros enquanto se impedem a eles mesmos de sentir amor. Corações que falham bater no ritmo certo porque receiam o poder do amor. Corações que nunca souberam ao que saberia ter outro inteiramente para si, despertando o que de melhor carregam, os sentimentos que mais nada consegue.
Não ter certezas. Não saber quem sabe de nós a todos os momentos. Não sentir as borboletas que nos movem bem mais do que o corpo. Não ter as saudades que apenas se satisfazem com um abraço e milhões de beijos, porque beijar a boca que se cola à nossa é o que nos alimenta. Não ser livre o bastante para escolher a quem amar...
Quem quer um coração que não bombeia o sangue que chega a cada célula e nos recorda de que estamos vivos? Quem se dispõe a ser tão tolo que jamais sentirá o que apenas alguns afortunados conseguem? Quem já desistiu de sonhar com o amor?
Corações empedernidos e que por isso mesmo pararam de sentir o que os faz bater enquanto batem de forma errada. Corações que habitam este lugar de incertezas e que se refugiam num medo infundado. Corações que escolhem não sofrer, mas que sofrem tanto com a dúvida, que nunca mais terão certezas. Corações demasiado solitários para recomeçarem.
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