Fazer escolhas. Saber o que dizer, a quem e quando. Ceder se para isso nos melhorarmos, ou bater o pé, de forma bem firme, se nos derem apenas mais do mesmo. Fazer escolhas e com elas validar o que esperamos ainda da vida, porque ela é feita de imensos dramas, alguns conciliáveis, mas muitos que não nos deixam com margem para mais manobras. Parar de esperar por quem nunca nos surpreenderá, surpreendo-nos com as nossas decisões. Fazer escolhas bem feitas, conscientes e que ressoem com o que apregoamos. Saber que o amor conquista muito, quase tudo, quando está no tom certo e de cada vez que nos acerta com o que temos dentro, com aquilo em que acreditamos e com a nossa melhor versão, a única possível. Fazer escolhas, de forma segura, sem receios, ladeados de toda a coragem com a qual nos fomos construindo e chegando até à pessoa que já somos. Teremos sempre na proporção do que formos capazes de dar, até quando parecer demorar. Carregar-nos-emos, com mais ou menos esforço, se já nos tivermos aligeirado o suficiente, ou se ainda andarmos à procura da razão pela qual deveremos ter razão. Fazer escolhas enquanto a vida o permite, porque eventualmente ela escolherá por nós, de forma abrupta, sem qualquer consideração, ou então considerando bem quem fomos ao longo do tempo que nos coube. Fazer escolhas sabendo que nos estamos a comandar e não apenas a deixar seguir, sem demasiado rumo nem vontade. Já sabemos todos, ou deveríamos, que apenas importa o que nos importar e que os outros serão sempre e apenas eles, com as suas próprias escolhas e que nem sempre nos incluem, mesmo que o desejássemos.
Fazer escolhas é o que me permito a cada dia mais, levando-me inteira apenas para onde sentir que faço sentido!
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