Os finais de ciclos carregam uma energia que nos invade diariamente e da qual não nos conseguimos dissociar quando estamos atentos.
Sempre que precisamos de fechar gavetas, limpando as "areias" que se foram acumulando no coração e na mente, acabamos inevitavelmente mais livres, muito mais leves e com a certeza de que o precisa de ser feito, será. Quando nos analisamos, e eu faço-o diariamente, percebemos quem nos tornámos e quem se manterá no caminho que escolhemos continuar a fazer. Os que apenas ocupavam do nosso precioso espaço, desaparecem como que por magia e de repente, do que aparenta vir com um estalar de dedos, escolhemo-nos e largamos das mãos os que as prendiam pelas razões erradas.
A vida é demasiado extraordinária para ser gasta com quem nos drena as energias e faz o coração bater no ritmo errado. Nada é mais poderoso ou revelador do que as escolhas conscientes, a determinação perante o que importamos para nós e o que ainda TEMOS que ensinar aos outros.
Quem se disponibiliza a continuar a aprender, fá-lo com mais serenidade deixando que tudo pareça mais simples e real. Quem ouve com atenção do que falam os que podem servir de exemplo, aprimora-se para também deixar uma marca que permaneça. Quem ainda pretende continuar por aqui, cada vez mais sábio e pronto, prontifica-se a nunca desistir do que é declaradamente BOM.
Quando um fim de ciclo nos toca, passamos a querer que apenas os toques que nos arrepiam, melhoram, seguram e expandem, façam parte da equação. Quando sabemos que depois de cada final virá um começo ainda mais poderoso, desatamos a correr quando antes caminhávamos e desejamos passar a voar para podermos sobrevoar o que ficou para trás, mas nunca deverá ser esquecido, porque apenas dessa forma evitaremos repetições penosas. Quando dizemos BASTA com convicção, somos MESMO ouvidos.
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