Que estranha me sinto quando bem dentro de mim corre esta sensação de não correr nada familiar, sobretudo o lugar, aquele onde poderei estar e ser, com algumas raízes ou sequer memórias. Que sortudos são os que sabem de onde vieram e onde se encontram, mesmo que a mobilidade e o desapego me deixe mais solta, a idade pesa nas opções e as escolhas começam a estreitar-se. Onde devo estar? A quem farei mais falta?
Uma vez mãe, sempre mãe e por isso é muito difícil, pelo menos para mim, envolver-me num egoísmo legítimo e seguir com as minhas opções sem olhar para trás. Quero o que também os incluir, mesmo que aceite a sua autonomia e respeite cada decisão. Tento, com algum esforço, não esperar numa espera desgastante pelo que não lhes cabe dar, mas que tão bem me saberia. Sei que a vida não irá parar e é ao sabê-lo que me refreio, tentando descobrir quem sou sozinha.
Tenho todas as ferramentas para ser o que quiser, não importa o lugar, só preciso de descobrir em qual me sentirei mais eu.
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