É suposto deixarmos de ter medo à medida que amadurecemos, medo da vida, das escolhas, dos imprevistos e até do aparentemente simples. É suposto resistirmos de forma estoica aos revezes, deixando de recear o que não teremos forma de controlar, mas nem sempre somos bem-sucedidos, sobretudo pela nossa humanidade. "Não vás com medo, agiganta-te, mas se tiver que ser, vai com medo mesmo"!
Acredito que o que nos distingue será sempre a forma como reagimos ao que nos acontece. Acredito na capacidade inata de evolução e de melhoria constantes. Acredito na eterna renovação que nos cimenta as estruturas e que acaba por falar por nós, mostrando aos outros, de forma inequívoca, quem somos. Acredito na pessoa que me tornei e é por ela que luto diariamente.
Andar por aqui é uma aventura que só termina quando nos deixamos terminar, porque seremos sempre os condutores do nosso destino, se o tomarmos nas mãos. Andar por aqui é um constante vai-e-vem de pensamentos, acções, realizações e duros golpes. Andar por aqui é, inequivocamente, um ENORME privilégio.
Os medos de hoje já não os de ontem, também eles evoluíram, adaptando-se ao novo e aos desafios da humanidade. Os medos permanecem para que nos mantenhamos alertas, nunca facilitando demasiado e fugindo das bermas, não vá o pé resvalar. Os medos que já partilho com poucos vão servindo para que nunca troque as prioridades e mantenha a vontade de estar onde possa ser SEMPRE e APENAS EU.
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