Já vivi numa paz podre com algumas pessoas, dando-lhes a possibilidade de mudarem, de se retratarem e de pararem de olhar apenas para o umbigo. Já ouvi enormes disparates e inverdades, fingindo que não percebia, deixando passar o que não me deveria influenciar demasiado, mas que acabava por acontecer. Já expliquei, uma e outra vez, a mentes mais pequenas e narcisistas, que deveriam saber quando parar e simplesmente levantar os olhos para os outros. Já quase que dei a outra face, mas e porque, feliz ou infelizmente, tenho sangue na guelra, desisti e simplesmente continuei no meu percurso.
Quem é que ainda considera ser mais importante do que qualquer outro, mesmo que aparentemente se sinta maior? Quem é que acredita poder viver completamente isolado e sozinho, achando que nunca precisará de uma mão generosa e disponível? Quem é que insiste, sem qualquer auto-avaliação, a manter-se de pedra e cal numa verdade unilateral, simplesmente por descartar a verdade dos outros?
A energia que precisamos para funcionar, estar em paz e continuar a viver, é demasiado difícil de abastecer e manter, por isso respeito imenso os processos que uso para permanecer à tona e cuidar de mim em todas as etapas. Sou, sem qualquer dúvida, a pessoa mais importante da minha vida e é por esse motivo que me passo a importância que mereço. Quanto aos mal-amados de serviço, antecipo que ainda se inundarão de muito menos amor, mas que inevitavelmente lhe irão sentir a falta.
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