A liberdade não se coaduna com a dor que nos infligem os que não sabem porra nenhuma sobre o amor. Podemos, SIM, amar, respeitar, dar espaço e confiar em quem nos move o coração da forma certa. Podemos e devemos permitir que a individualidade de cada um se mantenha e que os sonhos permaneçam intocáveis, porque é através deles que continuamos de pé. Podemos ver para lá do óbvio e não interferir no que cada um já construiu.
Quando somos livres e saboreamos tudo o que nos fornece a capacidade de decidir, de estar onde nos fizer sentido e de ir e vir tantas vezes quantas as que precisarmos para poder evoluir, não damos ao outro o poder de nos roubar o que tanto tempo leva a conquistar. Quando amamos de forma incondicional, sem cobrar o que não pretendemos dar e oferecendo a felicidade que eventualmente teremos de volta, passamos a levitar ao invés de andar e se decidirmos correr, será apenas para estarmos mais cedo no lugar que nos sossega a alma. Quando sabemos o que esperamos de quem nos chega e que nunca poderá ser a responsabilidade de nos sarar as feridas, até porque não terão como saber o que as causou, amamos sem pesos nem amargos. Quando a pessoa que a nossa deseja tem a "carroça" demasiado vazia, a viagem passa a ser mais ruidosa do que proveitosa e é aí que a devemos redirecionar e continuar sozinhos.
A liberdade que a minha determinação me ofereceu é demasiado preciosa para a deixar escorrer pelas mãos, as mesmas que rapidamente largarão os que ainda não legendaram o sentimento mais poderoso do mundo. A minha liberdade emocional tem-me permitido ver com clareza os que usam a noite para esconder o que lhes falta e que por esta altura jamais terá forma de chegar, por isso e ao invés de esperar, sentada, levanto-me e mudo de lugar.
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