Sempre que tiro uns minutos do meu tempo, converso comigo, posso dizer que eu e eu mesma, a de antes e a de agora, nos debruçamos sobre os mais variados temas, sendo que o principal passa pela nossa mudança interna. Sou claramente duas, ou três em dias mais agitados, mas a parte que me soube serenar, trouxe ao de cima o melhor. Estamos diferentes, mas escutamo-nos com alguma frequência, porque os ajustes terão que ser constantes. Estamos mais fortes, mas não fugimos das fragilidades que nos carregaram em todo o percurso. Estamos mais conscientes do que NUNCA mais permitiremos, mas a doçura permanece, tal como a disponibilidade para os que nos procuram. Estamos menos voláteis e isso confere-nos mais crédito aos olhos dos outros. Estamos, mais do que nunca, com receio de que o tempo que nos resta, não baste para todo o amor que ainda pretendemos viver. Estamos definitivamente mais unidas do que nunca.
Sempre que paro e agora até que o faço regularmente, o mundo também roda mais devagar e consigo ouvir as palavras de todos quantos comigo se cruzaram, as boas, as azedas, as que indiciavam medo, insegurança e que entendi mal, ou escolhi ignorar. Sempre que aceito as diferenças e incapacidades, melhoro-me, restauro-me e percebo o quanto já evoluí e cresci, como mulher, mãe, amiga e quiçá futura companheira de alguém. Sempre que o "para sempre até que dure" me roça os lábios, fazendo-me sorrir, aprendo a tirar partido do que existe agora e que poderá até nem permanecer, mas que será integralmente vivido.
Sempre que souber como me levar, carregando o que amealhei, terei as certezas que me ameaçavam fugir, mas que sempre me pertenceram por direito!
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