Sei que estás apenas a lamentar o que deixaste escapar e te deixou a descoberto. Sei que já sabias o que pretendias fazer e que não ficaste com nenhum pingo de remorsos. Sei que não aprendeste nada sobre o amor, mas também sei que não me cabe ensinar-te.
Quando não somos a parte que acerta o outro, nada do que fizermos alguma vez será bem feito. Há tanto que deve ser visto e revisto em cada reinício, que se o falharmos, as chances de falhas monumentais serão maiores. Somos feitos de massas específicas, queremos o que poderá não fazer sentido para quem não quer de igual forma e não raras vezes dizemos o que não soa a coisa alguma, não a quem diz o oposto. Quando o que vemos no nosso futuro está, há muito, no passado de quem se cruzou connosco num presente que apenas servirá para que nos possamos reavaliar, avançar será tão errado quanto esperar pelo que não poderá acontecer.
Sei que estás apenas a lamentar que tenha descoberto quem és e o que carregas, mas que muito provavelmente terei tão somente atiçado a tua capacidade de dissimulação e que regressarás mais forte do que antes.
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