O tempo que escolhemos viver!



O tempo, o que nos permitimos viver. O tempo, o que sentimos enquanto passa e o que passamos enquanto corre e nos recorda de que não o podemos reter. O tempo, o que somos antes e durante todas as batidas de hora, arrastando-as, ou acelerando para que não nos esqueça, deixando-nos para trás. O tempo, o quanto somos felizes enquanto o usamos a nosso favor e de que forma nos transforma, melhorando-nos ou destruindo o que tanto nos levou a conquistar. O tempo, tão determinado na crueldade, porque ou aprendemos com o que à força nos tenta ensinar, ou acabaremos a levar, para um futuro mais cinzento, o que escolhermos ignorar. O tempo que já não tenho pretensões de controlar, até porque o tenho visto rir-se da minha tentativa. O tempo que o meu tempo é capaz de antecipar, porque sou movida a compassos diferentes e todo o tempo que deixo fugir para que fuja melhor dos seus efeitos. O tempo, hoje, é bem mais disciplinador, permitindo-me a velocidade que me imprimo para pensar menos, segurando o tempo no tempo certo, sem querer mais do que sessenta segundos em cada minuto e não lutando contra os sessenta minutos das horas que não posso parar. O tempo, o meu pior inimigo quando lhe volto as costas e o único que me toca, sereno e compreensivo pelo muito que ainda me falta caminhar. O tempo que me impede de dormir para não te sonhar demasiado e o mesmo que me acorda, interrompendo o que me castigaria bem mais. O tempo, este, agora e tudo o que ainda posso fazer com ele. O tempo que te digo para não desperdiçares, mas que desperdiço pelo tempo que me conseguir enganar.

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