Estás proibido de te preocupar comigo, porque de cada vez que o fazes, tenho que revolver os meus dias, imprimindo ainda mais determinação ao que sou e faço, para que seja bem feito. Se estiver bem também estarás, é uma equação simples, na teoria, mas sempre que esperas que me restaure, à velocidade que te parece certa, a minha é alterada, tendo que reajustar o tempo de que preciso para que seja mais fácil deixar de te ter. Quando esperas que sofra menos com a tua ausência emocional, acabas a lembrar-me da razão pela qual passei a sofrer por ti.
Não quero que te preocupes comigo porque não o sabes fazer bem e porque tomas para ti o que resolvo bem mais depressa e melhor. Não quero que te afastes do teu foco e que é tão somente o de te saberes olhar, entender e cuidar, já que pouco me cabe fazer para que tenhas algo real e palpável feito. Não quero que percas horas, de qualquer dos teus dia, a tentar saber de que forma conduzo os meus sem ti, porque antes de me saber tocada já era eu e porque depois do tudo que nunca chegou a acontecer, cá continuarei, a conduzir-me da forma mais serena que conseguir, para que o teu sabor me abandone os lábios.
Estás proibido de te preocupar comigo, primeiro porque fico sempre bem, até quando provo do que julgava nunca poder ser amargo e depois, logo depois de entender e aceitar que nenhuma parte do mundo gira à minha volta, regresso ao que já tinha armazenado e sereno o coração que até gostava de sentir agitado, mas não para que me consuma. Estás proibido de te preocupar comigo, não se o teu caminho não se cruzar com o meu.
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