Alone once again |
Num qualquer final de dia, no que parecia ser apenas mais um momento, uma pessoa e umas quantas trocas de palavras, passaram a povoar--me os lugares mais obscuros da alma. De repente fui confrontada com o pior do mundo e com a escuridão a que nos votam os que não sabem o que significa amar. Do nada, e sem que o tivesse pedido, atraí quem me impregnou o coração de sentimentos amargos. Num qualquer final de dia, que até poderia ter sido apenas mais uma noite, permiti a entrada de quem quase me esventrou a esperança, desbaratando o amor como sempre o quis sentir.
Nada nos chega do nada. Ninguém é apenas mais um alguém num momento. Nenhum sentimento que nos bate, com mais ou menos força, deve ser apenas olhado como necessário, porque ninguém precisa de se envolver na realidade pesada dos que escolhem ficar no mesmo ponto e lugar, sem que segurem as mãos que lhes são estendidas. Nada nos chega do nada e é nisso que nos devemos focar de cada vez que olharmos para o que já foi e para tudo o que terminou muito antes de poder começar.
Num qualquer fim de tempo, porque a vida é feita de ciclos, terminei o que me cabia, mas apenas para poder continuar. Somos seres em constante evolução, para o bem e para o mal e nenhum ficará para sempre, tal como nós. Numa qualquer hora fatídica, fui "presenteada" com o que me teria que desafiar, porque não poderei apenas usar das palavras para me definir, terei que estar igualmente à altura, provando ao Universo que evoluí, cresci e aprendi. Num qualquer final de dia, quando acreditava estar à altura de qualquer dor que chegasse com a falta de amor, percebi que teria que voltar ao mesmo caminho, percorrendo-o tantas vezes quantas bastarem para que me baste e o faça sem a sensação de solidão que quase se colou, porque a realidade é bem diferente e mesmo que sozinha, nunca estarei só.
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