Amor não correspondido! |
De onde nos vem a irracionalidade nos sentimentos? Por que motivo escolhemos ver motivos que nos servem em quem não saberá o que lhe move, ou que se moverá em direções opostas? Para que queremos que quem não nos quer mude de ideias e nos desate a amar, do nada, ou depois de demasiado esforço? O que é que ainda precisamos de aprender sobre a natureza humana para que não sejamos apanhados com as defesas em baixo?
Inventem-se novos formatos de inteligência emocional, aquela que temos a obrigação de passar aos nossos, abrindo-lhes os caminhos que serão menos duros e sinuosos. Ensinem-se modelos mais eficazes de lidar com quem ainda não aprendeu a lidar com o próximo com integridade, generosidade e respeito. Criem-se manuais de sobrevivência para os que padecem de falta de amor, sobretudo próprio e reciclem-se normas, ditados e palavras obsoletas, porque poucas se aplicam a esta nova realidade que agora é demasiado veloz, mas que desacelera quando se trata de quem muito provavelmente cuidará um dia de nós. Assumam-se sentimentos genuínos e encontrem-se portais de amor incondicional, porque não tarda padeceremos todos do que até abunda, mas que escolhemos não ver.
De que forma nasce o amor não correspondido e o que é suposto fazer para que correspondamos ao que a vida espera de nós? Que razões ou motivos tem ela (a vida) para nos dificultar o acesso ao que deveria estar disponível para todos, em qualquer momento? O que foi que ainda não percebemos sobre o frágil equilíbrio entre o ser, o querer e o poder? Quem é que precisamos de passar a ser para que nenhuma lição volte a ser demasiado dura e para que os amores possam apenas permitir-nos amar?
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