Com tanto para se ser e fazer, quem é que precisa de se focar no que não acontece, em quem não nos reconhece e em cada um dos momentos que nos deixam para baixo?
Se o que importa é o que faço com o que me chega, então escolho aceitar o que não posso mudar, mas tentando sempre que algo mude em mim no processo. Se amadurecer, sentindo-me mais confiante e forte, passar por momentos de fraqueza, de cada vez que me julgo de forma pequena e empobrecida, aceito sem reclamar demasiado. Se ter ainda mais do que me cabe, fizer caber umas quantas almas semi perdidas, tomarei para mim a tarefa de as ajudar a encontrar os lugares nos quais se sentirão em casa e muito provavelmente longe de mim.
Com tanta vida, histórias novas e antigas por recuperar, do que me adianta focar nas que não terei como reescrever ou terminar?
Sou tanto agora, mas sabendo do quanto ainda conseguirei criar, criando os momentos e os lugares que me deixarão com toda a serenidade que apregoou, que aceito tudo o que não se me cola e não faz questão de ficar. Sou a minha versão melhorada a cada dia, e nunca, em momento algum, considero saber ou ter, nas mãos que apenas encho de coisas válidas e bonitas, o que basta, porque nunca me bastará apenas andar por aqui e ao sabor dos que nada parecem saber de mim.
Com tanto amor que carrego, porque raio deveria aceitar amores pequenos e sem sabor?
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