Amei-te cedo demais e acabei amada tarde demais!
Nunca sabemos dos tempos que nos reservam os que nos foram reservados, mesmo que sem entedermos os motivos. Nunca conseguimos receber se a entrega for demasiado empenhada e resolvida, porque nestes tempos os dias parecem correr ao contrário, e ser a que sabe, quer e entende, passa a ser mal entendido. Nunca vamos ter como acertar os passos com quem escolheu não caminhar connosco, por mais caminho que nos disponibilizemos a abrir. Nunca teremos nada mais do que o nunca mais, se insistirmos em quem não pretende manter-nos.
Amei-te cedo demais, muito antes de saber quem eras e do que eras feito. Amei-te acreditando que conseguia ver para lá do que mostravas e desejando que o meu desejo te contagiasse. Amei-te por te ter fantasiado, acreditando, por breves, mas longos instantes que se eternizaram na persistência que sempre coloco no amor que consigo dar, que ainda me surpreenderias. Amei-te, mas nunca senti qualquer amor de volta e foi sozinha e com alguma ingenuidade, que tentei mudar quem nunca pretendeu mudar-se. Amei-te cedo demais e foi já tarde que aceitei o quanto os meus medos de falhar me falharam redondamente.
Não tiveste como me amar, porque não era amor que procuravas. Chegaste tarde, porque a tua corrida era lenta, mas determina pela direcção oposta. Amaste-me, eventualmente, quero agora acreditar, quando o amor já não me podia restaurar ou seuqre curar. Amaste-me por imposição e foi por igual razão que resolvi desistir de prosseguir. Amaste-me tão tarde, que os dias passaram a saber aos anos que ainda nem sequer carrego.
Amei-te cedo demais, mas sem que qualquer acordo ou promessa me tivesse sido feita. Amei-te sozinha e por escolha, a mesma que agora uso para me amar de volta, recuperando o único poder que tenho.
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