Magoaste-me repetidas vezes e nunca te vi pestanejar.
Ouvi-te soprar palavras, que hoje soam a falso, mas que me fizeram tão bem que as queria de volta.
Rasgaste-me por dentro, impedindo-me de te dar tudo o que ainda reservo para o amor da minha vida, mas ainda estou viva.
No final até que se aprende mais alguma coisa, mas não quero voltar aos bancos da escola, quero apenas e tão só ter ao meu lado quem importa. Não estou a pedir o impossível, quero alguém como eu, que entenda o valor das palavras, que esteja comigo, inteiro, fazendo-me sentir a mais especial das mulheres. Quero quem confie em mim, como eu sei que confiaria em que me arrebatasse o coração. Quero poder olhar e ver, sentindo-me segura de que não me fugiria por entre os dedos de cada vez que o céu escurecesse. Quero e preciso de consistência, quem saiba o que me magoa e que chore usando de todas as emoções que temos em cada centímetro de um corpo que lhe pertenceria todo, se ao menos o seu nunca me abandonasse.
De que me serve amar-te desta forma se me irei esgotar? De que serve estar contigo é sempre tão fugaz e sabe ao pouco que já tenho se for apenas eu?
Se não me conheceste e se as vezes que os meus lábios pronunciaram o teu nome quando te tive tão dentro que julguei morrer de dor e de prazer não te bastaram, já não me resta mais nada e terei que entrar pela única porta que me acolhe de cada vez que me desapontas e já foram demasiadas.
De que serve ser apenas eu a cuidar-nos, a tentar, uma e única vez que entendesses que era eu sim, se nem a ti te conheces?
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