Podia ensinar-te, podia, mas não o vou fazer, porque te cabe a ti cuidar de que sejamos nós um dia. A bola passou para ti e ou sabes as regras do jogo, ou ficaremos apenas na memória um do outro!
Nunca te pedi nada, nunca te disse que tinha que ser da minha maneira, porque sabíamos ambos que da tua não dava nem servia. Mas do que fugiste afinal? Que medos te assolaram? O que te impediu de apenas me olhares e provares o que tantas vezes disseste sentir? Não tenho respostas, não consigo entender, mas a forma como gosto de ti faz com que te deixe escolher o caminho, com a certeza de que não será o nosso.
Tenho pena, imensa. Tenho receios, uns quantos, sobretudo de não te voltar a ter e não me conseguir soltar para outro. De guardar, num qualquer canto, esta parte emocional que faz de mim uma mulher tão cheia de tudo, demasiado por vezes, tanto que lamento não ser mais fria, menos corpo e muito menos alma.
Tu sabes, eu sei que sim, mas não consegues mais, as tuas forças são bem mais pequenas do que as minhas, ou talvez não me tenhas sentido como te sinto e ainda estejas apenas no começo quando eu já estou para lá do final. Não posso nem devo entender tudo, mas conhecendo-me como só eu, sei que o que não explicar me ensombrará para sempre. Sei que o que for forçada a largar me magoará e consumirá. Sei, mas continuo sem poder para o mudar.
Se me pedisses, eu poderia ensinar-te. Se quisesses eu poderia mostrar-te como, mas restou-nos apenas o silêncio e ele diz apenas o que cada um quiser entender!
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