- Desculpa lá, quando vieste até mim, éramos apenas nós os dois, os nossos amigos, o trabalho e tudo se encaixava na perfeição, por que carga de água me estás a falar agora na tua MÃE?
As relações chegam e com ela tudo o resto e todos. Os que muito provavelmente nunca irão engraçar connosco, nem nós com eles, mas que são como a bagagem, nem sempre vem com as malas mais bonitas.
Mães versus sogras, já algum tempo que deixei de lidar com esse sentimento contraditório, o de precisar de agradar a outra mulher, a mais importante na vida do homem que entrou na nossa, mas a de nos querermos demarcar de tudo o que ela representa. Viver sem esse "engasgamento" diário, poder ser maravilhosamente imperfeita, não ter que participar em almoços que se arrastam, e em conversas que testam a nossa capacidade de não nos agarrarmos ao pescoço de alguém e de o torcer como ao das galinhas... ufaaa, até respirei de alívio.
Vou querer uma relação assim, sem mães, cada um que fique com a sua, sem sorrisos forçados, sem explicações, nem histórias de quando ele era pequeno e gostava de ... Por favor, não há pachorra, não nesta altura da minha vida, mais perto do que nunca de ser avó.
É verdade que sou pouco dada a partilha de emoções em grupo, sobretudo no feminino e quando ele representa competição. Não compito quando sei que não posso ganhar. Não compito por afectos, nem colos. Não compito quando sei o que é meu por direito. Não há forma de ganhar a uma mãe controladora, vão por mim. Elas sabem exactamente por onde agarrar" os filhinhos. Por isso desistam mal vos surja algo remotamente parecido, não há quem mereça. Por mim falo, até porque e para além de tudo, já tive a minha dose, por quarenta mil anos!
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