Do que adianta ter alguém, uma relação, se não nos podermos ter realmente, olho no olho, com todos os toques que vão aumentando a intimidade, os pedaços de cada um e mudam tudo? A distância deixa de ter importância, se cada momento puder ser realmente acrescentado a todos os que se vão tendo, em passos firmes, fazendo perguntas e conseguindo as respostas que nos deixarão avaliar se para a frente é o caminho certo.
Gostava que já me conhecesses mais. Gostava que já tivesses feito todas as perguntas. Gostava que estivéssemos ambos do lado certo, que não fosse preciso erguer mais nada, apenas manter. Gostava de galgar uns quantos passos, de ter uma máquina do tempo e de andar, para trás e para a frente, a fazer os ajustes que se impõem nas relações novas. Gostava que pudéssemos ser, eu e tu, quem melhor soubesse que cada pedaço de vida que já vivemos e a que estaremos a construir, terá que passar por nós primeiro, sendo totalmente nosso.
Isto é tudo o que eu sinto que deveríamos ter, porque do que adianta estarmos os dois, se não estamos aqui?
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