3.4.15

O que vim aqui fazer?


Parece que já o entendia, mas não com as palavras que me mostraram, não desta forma, tão certa, como tudo o que sempre considerei certo para mim!

Vim aqui aprender umas quantas coisas que já me esforço por melhorar, vim para ter a postura que me levaria até a ti, e foi por isso que chegaste, achando, logo no início, que eu subia mais alto do que deveria, mesmo que estivesse no lugar certo, achando que precisava de me saber misturar, de aceitar a pequenez dos outros, de não me fechar num mundo onde só caberia o que consigo, e que até é muito. 

Como tudo será sempre um percurso, estou a baixar-me mais vezes, sem me curvar, apenas na posição que fará com que o meu olhar toque os outros, para que pare de ver de forma distorcida, quem não consegue a minha clareza e rapidez de raciocínio.

Não duvidem que por vezes se torna difícil, que cansa parecer que se sabe tudo, cansa antecipar o que eventualmente chegará, sem ter forma de desfazer o que se fez. Será sempre difícil aceitar que eras tu, e que já tinha aceite a tua missão, aqui, comigo, mas perdendo-te tão rápidamente quanto te vi e percebi. Julguei que nunca iria deixar de me magoar, pela minha, aparente, incapacidade de te manter, porque a verdade é que não poderias ficar, já o sei agora, mas continua a ajudar muito pouco, continua a ser mais difícil do que não te ter reconhecido.

Eu digo sempre que quando entendo, aceito, e acabo a retornar aos lugares onde guardo as reservas de sanidade, de perseverança, de frieza e de toda a tranquilidade que necessito para apenas seguir em frente, para nunca deixar que me tentem parar, mas aceitar aligeira muito pouco, apenas me coloca de novo nos trilhos, o resto, todo o resto, caber-me-á a mim, uma vez mais, a restaurar.

Já sei o que faço aqui e já sei que tu e eu não ficaremos, já o sei, mas dói na mesma...


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