Começamos a ter demasiadas pessoas "presas" em prisões emocionais, constrangidos fisicamente, imobilizados por dores que não passam, simplesmente porque estão ao lado da pessoa errada. Tudo leva o seu tempo, claro, sobretudo a percepção de que não estamos no caminho certo e que apenas nos conseguimos manter à tona de água, esbracejando, na maioria das vezes, para não afundarmos.
Nem sempre nos unimos pelas razões certas e por vezes fazemos escolhas que não serão as adequadas, levados por estados de alma que não se mantêm e que nos fazem ver o que nunca existiu. Uma união não pode ser uma prisão sem barras, nem deverá passar pelo sacrifício de um ou de ambos. Amar e querer estar por perto de alguém, é o que pode fazer tudo valer a pena, os percalços, as derrotas e os revezes da fortuna, tudo será sempre mais suportável, se quem nos agarrar as mãos nos estiver dentro.
Nunca viverei tempo suficiente para entender casamentos de conveniência, e sobretudo medos inflacionados por uma crescente falta de coragem, ou por um comodismo doentio. CARAMBA eu gosto de ser feliz, e sê-lo comigo em primeiro lugar é tão importante, que ao meu lado só poderá estar quem se possa encaixar, tão bem, que não sermos dois se torne uma visão insuportável.
Nunca pronunciei as célebres palavras "até que a morte nos separe" e certamente que nunca o farei, porque existirão mortes que nos manterão tão vivos, quanto precisaremos para nos sabermos amaldiçoados e até que a morte realmente chegue.
Que cenário Dantesco, antes sozinha e dona de mim, do que acompanhada por uma solidão ambulante. Venhamos e convenhamos, quando e se decidir morrer, não preciso que me matem, sobretudo aos poucos, cortando-me em pedaços, porque eu mesma o farei de forma rápida e indolor!
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