Tiques pequenos e grandes. A forma como estamos com os outros, ou apenas connosco, nem sempre é algo que nos faça pensar, mas a verdade é que a qualquer momento alguém estará por perto para o analisar. Por norma sou mais metida comigo quando circulo pelas ruas sou eu mesma, sem ver ou sentir quem quer que seja, estou no meu mundo, seguindo um plano, mas fazendo muito pouco caso dos que estão. Não porque não me interessem, mas porque também preciso de momentos apenas meus, daqueles em que não terei que ser questionada, em que os olhares, venham de que lado for, me tocarão muito pouco e importarão ainda menos.
Hoje diziam-me, bem cedo, que ontem eu caminhava qual sonâmbula, sem ver, nem sabendo que estava a ser vista, com uma aura, dourada, impenetrável e que queimava.
"Deixem passar quem vai na sua estrada.
Deixem passar Quem vai cheio de noite e de luar. Deixem passar e não lhe digam nada. Deixem, que vai apenas Beber água de Sonho a qualquer fonte; Ou colher açucenas A um jardim que ele lá sabe, ali defronte".
Falou assim quem acabou a perceber que na verdade tenho um lugar no qual me refugio, passando por onde passam os outros porque terão que lá estar, mas sendo apenas eu!
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