De cada vez que temos de dizer adeus, parte de mim fica em pedaços e todo o amor que te tenho, se reduz quase a pó, com o medo que tenho de ter este medo de te perder. De cada vez que dizemos adeus, mesmo que não usemos as palavras, sei que morro um pouco e mesmo que não o entenda e que me esforce para parecer forte, segura e tranquila, metade de mim consegue muito pouco para me segurar. De cada vez que me questiono sobre ti, se serás tu e se estaremos prontos um para o outro, a resposta é sempre a mesma, porque de cada vez que arrisco perder-te, sei que perder-te me mataria, mesmo.
Quantas vezes nos podemos assegurar de estar no lugar certo, com a única pessoa que fará de nós a pessoa certa? Quantas vezes é que, estando longe, apenas queríamos estar tão perto que sentíssemos outra vez aquele cheiro familiar, o doce que só passa a boca que se encaixa na nossa? Quantas vezes conseguimos olhar para o mesmo céu e contar as estrelas começando pelo mesmo lado? Quantas vezes adormecemos e acordamos a saber que do nosso lado só poderá estar quem não estando, mudaria até o formato dos sonhos? Quantas vezes podemos dizer que amamos alguém, sentindo que amar é o que fazemos realmente bem?
De cada vez que nos temos, sei que temos o que nos foi prometido, e que somos um para o outro, o que cada um precisa para continuar por aqui, para ser feliz e para viver sem apenas sobreviver. É assim que quero continuar, a ser eu e a ver-te seres tu!
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