21.9.16

Perdeste-me, agora deixa-me ir!

Between what is said and not meant, and what is meant and not said, most of love is lost. Khalil Gibran:



Perdeste-me, agora deixa-me ir. Aceita, já não estou mais aqui, perdeste-me. O amor que te tinha antes consumiu-me toda e não deixou nada, já não restaram sequer migalhas.


Já houve um tempo em que moveria montanhas para te ter, para que me visses e pudesses aceitar. Já tive horas em que deixei de importar, em que cada movimento era feito para ir na tua direcção, para que me conseguisses dar, só que fosse, um terço do que sempre te dava eu, amando-te como ainda ninguém o fez.

Agora vais ter que ser tu a aceitar e a deixar-me ir, a não esperares que te toque, que te ligue, de voz doce, a passar-te tudo o que tinha dentro e que te pertencia. Tanto que já precisei de ti, tanto que desesperei com as tuas indecisões, porque não foi assim que começaste, não foi vazio que me encheste, não foi calado que me falaste do amor que dizias sentir por mim, talvez para te enganares a ti, talvez por também desejares um sentimento que nunca conheceste.

Já não te pertenço, subi à minha montanha e é onde me manterei, bem distante de ti, olhando-te, pequenino a desaparecer do meu horizonte, a perderes a importância que precisei de te dar, mas que agora tiro, libertando-te, e a mim.

Deixa-me ir, mas não olhes enquanto o faço, porque te irás arrepender. Um dia saberás do que era realmente feita, no dia em que quem estiver ao teu lado seja apenas metade do que já fui!

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