Depois de um amor virá outro se o conseguirmos aceitar e se não nos permitirmos apagar, deixando de sonhar. Se continuarmos a olhar para o outro lado de nós, aquele que importa realmente, talvez se torne mais fácil recomeçar. Já não falo de recomeços amorosos, mas daqueles que nos levam a nós e que nos deixam a fazer o que fazíamos antes, quando éramos dois e quando pensávamos aos pares.
Nunca sabemos quem irá irromper pela nossa porta, aquela que nos guardava, mantendo-nos seguros, por vezes apagados, mas a sabermos onde estávamos e porquê. Nunca entendemos porque baixamos as defesas com uns e não com outros. Nunca parecemos aceitar bem que afinal estávamos enganados e que apenas nos pusemos a mastigar mais do que podíamos engolir.
Há quem escolha não ter o que o faria realmente feliz, mas o amor tem disto mesmo, vem como uma onda gigante e não nos ensina uma forma de a contornar. A tal da felicidade não tem a mesma conotação para todos. O que uns consideram ser fundamental ao seu bem-estar emocional, arrecadando com o amor todas as energias que lhes permitirão continuar, outros escolhem a fuga e nem sempre será um sinal de fraqueza, por vezes é a alternativa que resta para que permaneçam vivos!
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