Falhaste quantas vezes te permiti e saímos ambos diminuídos no final. Tu sem mim, eu a sentir que te perdoara demasiado e culpando-me por não te saber manter. Falhaste primeiro contigo, quando te impediste de cumprir todo o amor que dizias sentir por mim. Falhaste quando me fizeste amar-te para apenas me deixares com NADA.
Comigo nada pode ser de menos, aquilo que desejo consome e transforma. Comigo tiveste um medo, infundado, de não seres capaz, talvez por não o teres sido antes. Comigo o que foste superou as tuas expectativas e fez-te repensar cada pedacinho de vida desperdiçada.
Sabes que te teria mantido na luz, deixando-te brilhar, para que fosses o protagonista da história que há muito tentas escrever. Tanto que já sabes agora, mas que de pouco te tem servido, porque os teus caminhos, os tais que deverão ser seguros, conhecidos e percorridos vezes sem conta, servem para que até saibas o lugar de cada pedra, mas pouco mais.
Gostava de poder dizer que ainda te verei dar uma volta ao contrário, mas a minha maturidade sabe mais do que isso, tal como eu sei que te conheço melhor do que tu mesmo, e o prognóstico é que te mantenhas tal qual te conheci, no mesmo ponto, a olhar para o mesmo lado, a sonhar com as mesmas coisas, noite após noite, e a acordar com a mesma insatisfação instalada. Gostava de poder dizer que continuo a querer ajudar-te, mas a verdade é que desisti de ti no segundo imediato à tua retirada.
Gostava de dizer, porque seria bonito, que te quero ver bem, de pazes refeitas contigo e a teres o que tanto pareces procurar, mas nem isso me importa mais.
Falhaste com a sorte que te tinha sorrido, mas não me cabe a mim provar-to. Vou manter-me na luz que te recusaste e deixar que me vejam como consigo ser sempre e não vou dizer quem consigo ser, porque se não o viste antes, também já não o saberás agora.
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