Feelme/Vens comigo? |
Vens comigo? Já houve uma altura em que provávelmente iria, até ao fim do mundo e voltava!
Já houve um tempo, não tão longínquo assim, em que bastaria que me pedisses, que me estendesses a mão, para que eu a aceitasse e nem sequer perguntasse o destino. Estar contigo, ter-te, saber das tuas rotinas, ouvir-te, saboreando cada palavra, sentindo que poderiam ser as minhas e o quanto se encaixavam no que eu queria e sonhava para mim, já foi mais importante que eu mesma.
O quanto já desejei ouvir-te chamar-me, pedir-me que te acompanhasse, sabendo que o teu sorriso se devia ao que te provocava, que era de mim que esperavas o que te poderia fazer feliz. Como eu lutei para que entendesses que sim, que eu iria, que seria, uma e outra vez, a única mulher que sempre esperaste. Como tentei que me visses por dentro e que não te focasses no que viam os outros. Como esperei que não deixasses passar demasiado tempo...
Será que ainda iria agora?
Conseguiria deixar que me tocasses, outra vez?
Continuaria a entender os teus sons?
Faria sentido?
Se já não sei responder, talvez signifique que ficaste lá, de onde te recusaste a sair e que agora qualquer que seja a viagem, o percurso será definido por mim, outra vez. Percebi que não podemos, não devemos, porque nem sequer é sensato, esperar que o outro entre na nossa vida sabendo ao que vem. Alguns terão sempre medo, até do que não sabem existir.
Se ainda te amo? Claro que sim. Se iria contigo hoje? Já não, interrompeste a viagem, deixaste de ver a estrada, puseste-te na faixa contrária e perdeste-me.
Vens comigo? Interessante, nunca chegaste a perguntar!
Vens comigo? Interessante, nunca chegaste a perguntar!
Sem comentários:
Enviar um comentário