Vou ter que partilhar convosco uma conversa fabulosa que tive com uma mulher e que espero vos faça rir um pouco. Então segundo ela, a coisa reza assim:
- Ter amigos gays é maravilhoso, a sensação de estar segura, de poder dizer tudo o que me vier à cabeça sem me preocupar com o efeito que provocará e sem precisar de me refugiar em algum buraco para não ser violada, confere-me uma paz de espírito que não se paga. Ter amigos que não ligam minimamente para o nosso corpo, que nos podem ver nuas e dizer, com toda a honestidade, que estamos a precisar de perder uns quilinhos, ou que estamos apenas a ser paranóicas, é absurdamente confortável e não magoa.
Dava-me jeito um agora, (isto já sou eu a dizer) tenho amigas, não me interpretem mal, mas ter um amigo que saiba de que forma pensam os homens e que me possa dar uma mãozinha quando estiver a queimar os circuitos. Um amigo verdadeiro, sem exigências, que até me poderá beijar na boca, mas sem língua e sem me lambuzar. Um amigo para os abraços, daqueles pelos quais mataria em dias mais cinzentos, mas que não se importasse com as mamas, porque simplesmente não o deixariam com tesão. Ai, até respirei fundo!
E voltando a ela:
- Quero ser gostada pelo sexo oposto sem dramas, sem cobranças, sem olhares que me despem até a roupa interior. Quero poder caminhar de mãos dadas, dar gargalhadas sonoras e sair à noite, protegida dos outros machos, tranquila e sendo eu como sou realmente. Claro que apenas o poderei conseguir com quem não ligue NADA para as mulheres.
E agora num tom mais sério, acho que é triste que assim seja. Triste que não se possa ter amigos homens e ficar apenas por aí. Escusam de vir rebater que sim, que existe, que acontece. Tretas, um amigo homem só o é porque o obrigamos, porque eles irão permanecer à espera do sinal verde, da tal luzinha que lhes dará permissão para serem outra vez gajos. É essa a "função" deles.
Que chatice! Dizemos as duas.
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