Como é que partilhas o que és, os teus momentos mais pessoais e interiores com quem entrou de novo na tua vida? Uma coisa é ter ligação física, partilhar corpo, abraços apertados e fluidos. Outra completamente diferente, são os teus dias, as tuas rotinas, as famílias complicadas e por vezes disfuncionais: O tio Joaquim que não se dá com a tua mãe. O teu pai que tem a mania de olhar de lado para as tuas conquistas. O filho que depende demasiado de ti para tudo. No fundo é a vida como a conheces. Essa é a parte que mais necessita de ser trabalhada, o confiar no outro para te confiares a ti mesma, oferecendo-te de forma natural e sem máscaras.
As relações progridem, galgam etapas, conhecem alturas mais introspectivas, põem de lado um pouco as sensações, as emoções e partem para o real. Como é que o outro se vai identificar com tudo isto, ou não, é a questão mais premente!
Se definirmos fases. Se formos mais racionais, descrevendo e analisando o que nos pode juntar para sempre ou afastar irremediavelmente, teremos mais umas quantas chances de chegar lá. Digo eu que não sei quase nada
Estou algo curiosa comigo mesma para perceber se vou conseguir voltar a confiar, a ceder, a amar sem reservas e a ser sempre eu em todas os momentos. Estou igualmente curiosa com a forma como me incluirás e se irás deixar-me ter-te por inteiro, sendo a pessoa que avançará contigo, porque crescer já o teremos supostamente feito.
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