As mulheres com as quais me vou cruzando, têm-me permitido uma riqueza interior incrível, mesmo que elas não sejam, de forma alguma, interessantes o bastante para me enriquecerem. Parece um contra-senso, mas eu explico:
. Eu sinto que fico mais rica de cada vez que percebo os diferentes espécimes que povoam este planeta.
. Passo a gostar, inevitavelmente, mais de mim quando olho para mulheres sem qualquer conteúdo e totalmente desprovidas de crescimento emocional.
. Não deixo de sentir alguma pena dos homens, porque nas situações em que elas estão em maioria, os pobres ficam sujeitos a demonstrações verdadeiramente demoníacas.
. Não consigo deixar de me abismar com a capacidade que têm de se desculpar de tudo o que
provocam e de culparem tudo o que mexe pelo que não arranjam coragem para enfrentar.
A Francisca é uma mulher assim. Uma vítima das consequências, das escolhas dos outros, do mau tempo, do calor excessivo ou do frio de rachar. A Francisca nunca comete erros porque nunca os assume. Não vai porque não sabe como, mas fica a choramingar porque deveria ter ido.
Tantas Franciscas que vou encontrando. Tantas que se escondem nos medos que criaram sozinhas, porque não sabem como se faz, mas também não pretendem saber. O mundo congemina contra elas. As soluções que lhes apresentam nunca solucionam nada e continuam, hoje tal como no primeiro dia em que decidiram que nunca teriam que se assumir, às suas inúmeras fraquezas e que apenas irão ver crescer com a idade e com a inevitável fragilidade que ela provoca.
É por tudo isto que me sinto a cada dia mais completa, entendendo que a minha determinação está certa, porque faço acontecer o bom e o mau e não culpo ninguém pelo que escolhi...
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