As memórias são o que fica dos percursos que se vão fazendo, das pessoas que entram e saem da nossa vida!
Deveria ter-te agradecido antes. Deveria ter-te mostrado, e não apenas com palavras, o quanto eras importante para mim e como a sensação de te tocar e de ouvir as palavras que eu absorvia, e que me satisfaziam, me deixavam tão plena. Eu permanecia com a sensação de ter voltado a casa e de estar finalmente a amar que me importava.
As minhas memórias irão manter-se. Estão todas seccionadas, prontas a serem encontradas, de cada vez que sentir a tua falta. Eu sei que o irei sentir durante tantos dias quantos estiveste comigo e em mim.
Falei muito, disse-te tanto, mas nunca disse tudo o que me pedia o coração. Nele cabiam os sonhos que fui aumentando a cada noite que esperava poder vir a partilhar contigo. Cabiam os meus desejos de poder estar finalmente tranquila, pertencendo a alguém, a ti, amando-te como o fiz, mas sem ter sido o suficiente para te manter.
Mudaria muito se a vida me permitisse voltar atrás. Mudaria sobretudo o que deixei por dizer. Tocar-te-ia mais vezes. Beijaria a tua boca até que nos secássemos por dentro, mas ficássemos saciados, por mais um beijo, até aos seguintes, até a todos os outros que te neguei.
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