Mesmo que não soubesse, estiveste sempre quando de precisei de ti. Mesmo sem te ter visto, percebi e senti que eras quem eu perdi, como se perde quem nos abandona o corpo, mas apenas para voltar a possuí-lo. A primeira vez que te vi reconheci os teus olhos, os mesmos que fui vendo de longe tentando perceber do que eram feitos e o que escondiam. Perguntaste-me o que vira e eu respondi o óbvio, a ti, uma vez mais.
Mesmo que te volte a perder. Mesmo que retomes o teu percurso, eu sei que ele colidirá com o meu e que só nos sentiremos completos quando nos aceitarmos de volta. Eu já o entendi e espero, ansiosa, mas tranquila, que o aceites também e que me escolhas hoje tal como já o fizeste antes. Mesmo que não partilhemos, agora, todos os lugares de que recordo como se nunca os tivesse deixado, cada rua, nascer e pôr-do-sol, o teu corpo vai continuar a permanecer no meu. Mesmo sem saber te voltarei a ver nesta vida, sinto que vou sempre saber onde estás!
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