Como poderei ter andado tão longe de ti, tendo-te?
Quem procurava afinal, se já estavas aqui?
Agora não sei como poderei sobreviver sem ti. Onde e quando terei quem saiba o que estou a sentir bastando que me mova. Quem perceba que ao afastar as madeixas dos cabelos, tocando-os de um determinada forma, indicio que estou nervosa ou ansiosa. Agora procuro-te, desesperada. Agora quero-te de volta, mas já não é para mim que olhas.
Disseram-me antes, alguém bem mais sábio e atento, que a sorte nem sempre bate 2 vezes, que a felicidade nos chega até a pontapear a porta, mas que se insistimos em não a abrir, ela continuará para a casa seguinte e abraçará quem verdadeiramente saiba como e a quem amar.
Quando as melodias das canções que ouvi tantas vezes se foram. Quando a chuva a cair me passou a ensurdecer de tanto vazio, só aí soube que eras tu e que não te tinha olhado, não te tinha cuidado e que te perdera para quem te amará com a mesma intensidade com que já me amaste. Um dia, nos dias, tantos, tão bons, em que te tomei por garantido, em que te neguei e nos neguei.
Não te quero ver feliz. Não vou resistir, não saberia para quem correr, chorar e pedir colo. Não te posso ver feliz com outra mulher que não eu, por favor, não permitas que me rebente de arrependimento, deixa-me olhar para ti realmente...
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