A nossa casa é o lugar que nos deve acolher, proteger e permitir o repouso do guerreiro.
Sempre que o olhar se pousa no que será a outra face do mundo, o único sítio onde poderemos ser nós mesmos, com todas as manias, hábitos peculiares, usando as pantufas de bonecos estranhos, que envergonhariam o nosso animal de estimação, com roupas confortáveis, mas que jamais mostraríamos a outro ser que não os que se misturam connosco, no nosso refúgio, respiramos fundo e usufruímos de uma sensação de paz e de segurança, que nos transcende.
Criar um lar assim não será capacidade de todos, mas eu cuido para que o meu seja o mais próximo, de um forte, possível. O meu lar tem grades e barras de aço que impedem os de fora de nos perturbarem e de nos roubarem o ar que nos é tão crucial. ( A mim lá vão roubando, mas eu tenho uma armadura anti merdosos). No meu lar há risos e gargalhadas sinceras, calor humano, partilha, cuidado para com cada um, ampliando o desejo de regressar, sempre, o mais cedo possível, no final de cada dia em que somos, literalmente, atirados às feras.
É na nossa casa que reconhecemos cada canto e nos sentamos a partilhar os programas que nos são apelativos, trazendo cada um, à sua maneira, o melhor e também o pior de nós, os sonhos e os pesadelos, os fantasmas e os desejos. A nossa casa será sempre um porto seguro, um oásis num mundo cheio de cores escuras e de vilões em cada esquina. Na minha casa respira-se o azul e o sol tem um passe vitalício. Na minha casa, de vez em quando, também entram os perturbadores de alma. Os que carregam energias negativas e os que padecem de falta de amor, mas porque na minha casa governo eu, rapidamente vão "vassourar" para outro lado!
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