Nuvens, por vezes chegam e começam a pairar sobre nós, ameaçando o que tínhamos jurado manter. Com elas jorram as dúvidas, e a dificuldade em as afastar passa a ser o que nos atormenta.
Estarei a ver bem?
É mesmo o que sinto?
Posso acreditar?
Caramba, assim é difícil, não há quem aguente, nem mesmo eu com todo o esforço que sei que faço.
Odeio desconfiar. Odeio não sentir segurança no que oiço, ter que descodificar e ser forçada a repor imagens. Gosto da clareza, da objectividade. Gosto do jogo limpo. Gosto de quem não se camufla, porque quem quer e precisa dos outros, tem que se dar sem reservas.
Tenho algum jeito para afastar as nuvens. Faço perguntas, interpreto as respostas e sigo com a minha vida, se ficar, obviamente, satisfeita, de contrário volto ao ataque mal possa e nunca me canso de perceber. Dou trabalho, eu sei, mas a verdade é que se eu consigo ser assim, se não me escondo em segundas peles, EXIJO que me tratem de igual forma.
Hoje estou cinzenta e não foi por ter ido a um funeral, parece-me apenas que umas quantas nuvens desceram mais do que o habitual, será que vem por aí muita "água"?
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