6.4.17

A tal da segurança...

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Feelme/A tal da segurança...Tema:Me!
Imagem retirada da internet

Com a idade parte de nós torna-se mais confiante e segura, mas outra há que começa a encolher-se e a recear não ter a mesma capacidade. Nada parecia ser capaz de me refrear quando sei do que falo e do que sou capaz, mas agora e cada vez mais, começo a querer menos arrojo e mais tranquilidade. Os desafios passaram a ter passadas gigantes e metade de mim decidiu que quer arriscar menos.

A tal da segurança parece querer abandonar-me. São os sinais do tempo, ou o cansaço de tantas batalhas travadas. Venci muitas, mas também perdi umas quantas e a guerreira está decididamente, cansada. Tenho, a cada dia, vontade de apenas me explicar a mim mesma e não ter que continuar a provar o que quer que seja. Tenho uma necessidade gigantesca de me reformar de TUDO o que me habituei a ser e a querer. Não me apetece cumprir prazos. Não me apetece fazer acontecer mais do que faço já. Não me apetece armar-me em heroína, quero ser simples, comum e apagada o bastante para que ninguém me consiga ver ou ouvir.

Antes do agora que se cola cada vez mais, tudo fluía com uma naturalidade que nem questionava, fazia porque sabia e porque o decidia. Fazia o que me pediam e arrojava, muitas vezes, em áreas que nem dominava, numa confiança que nunca me assustava. Depois, no agora, quero muito e mais, mas não quero ter que provar nada. Não quero tremer de uma insegurança boa, a que antecede um desafio novo. Não quero ter que me explicar e mostrar quem sou, porque essa eu já conheço.

A tal da segurança está a deixar-me mais insegura e a fazer-me duvidar de mim, pareço estar definitivamente na meia-idade. Vou para a ilha e já não volto!

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