13.4.17

Os nossos beijos e tudo o que fomos com eles!



Tivemos tantos beijos, até os que ainda não nos tinham chegado, mas que já éramos capazes de antecipar, que já nos sabiam ao sabor da nossa vontade. Carregavam a esperança numa relação que queríamos nossa e a sobreviver a qualquer solavanco. Os nossos beijos tinham promessas envoltas em cada um, até as que não nos sentíamos capazes de repetir. Os nossos beijos demoraram tanto a chegar, que por vezes o desespero tomava conta dos dias, os mesmos que repetíamos mecanicamente, porque o que contava apenas importava se o outro estivesse. Os nossos beijos, se pudéssemos ter-nos beijado logo, certamente que teriam sido tão longos quanto o é o rio mais longo do mundo.

O amor não poderia ter sido melhor, nem mais completo e ainda nem sequer o nosso sabor tinha verdadeiramente sabor. Que saudades sinto de cada um dos beijos que não te pude dar e de todos quantos dei quando achei que bastavam. Tanto que penso no que queríamos atingir, quando ainda nem nos tínhamos tocado. Que pena de tudo o que deixei de te dizer, mesmo que tenha dito TANTO e durante todo o tempo que permitiste.

Os nossos beijos foram planeados ao milímetro e sonhados até que sonhar se transformou num castigo. Queríamos que o mundo parasse de rodar e que todos se esquecessem de que existíamos para podermos existir apenas tu e eu. Nunca arriscámos duvidar que cada um dos nossos beijos não seriam o que somos. Os nossos beijos tinham tudo o que tivemos anos a fio, até que os pudéssemos depositar na boca que sempre esperou pela nossa.

Quando te beijei percebi porque razão os nossos beijos já tinham ao que saber antes de o sabermos nós. Quando nos beijámos decifrámos o que tínhamos entendido antes e tudo acabou por ser o que já deveria ter sido.

Os nossos beijos não terminaram, apenas nós o fizemos!

Sem comentários:

Enviar um comentário