Tudo o que sou e tudo o que serei, terá que se encaixar no que conheço e sei de mim, porque de outra forma acabarei vazia, a não saber do que falo. De outra forma estarei apenas a representar, a compor o boneco para que os outros me aceitem e os outros têm a importância que lhes determino!
Até nos meus momentos, os que aprendi a reservar-me onde apenas estou eu comigo, preciso sempre de encontrar uma ligação com o que já fiz e com o que ainda planeio levar por diante. Não me imaginem um ser demasiado cerebral, porque também sei estar de mente vazia, apenas a olhar o que me rodeia, quando caminho, quando me forço a sentir cada passada, cada músculo e quando não me refreio de sorrir, porque mesmo sem espelho serei capaz de identificar os meus movimentos e de saber ao que saibo eu.
Tudo o que sou ainda não é o bastante, porque sei que terei que me "cansar" muito mais, para que em cada final de dia, o que deixei para trás continue a ser o que me reservei. Não sei tudo, mas obrigo-me a perceber, obrigo-me a que tudo se me entre na pele, e mesmo que arrisque queimar-me a carne, eu sei o que quero e o que preciso de sentir, para que me sintam e identifiquem.
Tudo o que sou será sempre tudo o que deixo ver, por etapas, mas de forma a que nunca duvidem, porque eu jamais serei a dúvida de alguém. Não, porque eu não deixo!
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