Ter sempre certezas, supostamente seria algo bom e benéfico para todos, mas a verdade é que com as certezas chegam também algumas angústias e amargos de boca. Sou das que por norma odeia ter razão, porque a tê-la significa que os outros cessaram de me surpreender. Enquanto duvido ainda as tento ver da minha forma, mas depois...
Cada ser é um ser, nada a fazer e francamente, o que seria do amarelo? Uns serão obviamente, mais inteiros do que outros, percebendo até onde deverão ir para não magoar deliberadamente ninguém, mas a maioria ainda precisa de MUITA escola de vida, até entender que o que der receberá de volta e mesmo que se desvie umas quantas vezes, acabará sempre como alvo.
Já ando por "aqui" há umas décadas. Já aprendi muito, mesmo reconhecendo que muito mais me falta aprender, sobretudo sobre a condição humana, sobre o que danifica tanta gente e as terá deixado tão amargas, que nem um amor verdadeiro as consegue curar. Já percebi que o passado deve ficar no passado e que o que nos marcou pela negativa deve apenas servir para tirar alguma lição, mas se insistirmos no medo que o medo nos provoca, ficamos TODOS mais pobres porque precisamos uns dos outros para sentir, para viver e partilhar.
Ter sempre certezas deixou-me no passado, mais só, menos acessível e mais fechada. Mas no meu futuro escolhi ser disponível, mais um pouco calculista e analítica, rebuscando tudo até ao fim para depois então fazer escolhas. Quem estiver danificado, terá que se curar primeiro, porque não sou a Madre Teresa de Calcutá e sinceramente nem gostava. Quem tiver dores demasiado profundas, que não se aproxime de mim, porque
estou sarada, sou disponível, gosto de sorrir, de sonhar e mais importante do que tudo isso, gosto de gostar sem reservas de quem goste realmente de mim.
estou sarada, sou disponível, gosto de sorrir, de sonhar e mais importante do que tudo isso, gosto de gostar sem reservas de quem goste realmente de mim.
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