Há uma brisa a entrar pela janela e uma luz que te ilumina a cara, a mesma que gosto de beijar, uma e outra vez. És tu a minha pessoa certa, a que sempre acreditou em mim. És tu que me acolhes, proteges e amas, acima de tudo o resto. És tu...
Conhecemos tanta gente, todos os dias. Passamos e deixamo-nos passar por tantos que não nos dizem nada, não nos tocam ou sequer fazem olhar duas vezes, mas de repente, do nada, encontramos uma, a que mudará tudo, a melhor para nós e a única.
Estou a ver as nossas fotografias e não consigo parar de sorrir. Tanto que já caminhámos desde o dia em que me irritaste profundamente, mas conquistaste para sempre. Estás na mesma, mas deixaste de ser o mesmo homem. Agora explicas-te bem, lutas pelo que sonhaste no dia anterior, confiante de que é o mais importante. Agora tudo em ti é mais preciso, mas menos previsível. Agora pareces querer tudo e não desistes de nada, sobretudo de nós.
Há uma brisa que quase consegue arrefecer o nosso quarto e há muito que me faz pensar, em mim, em nós e neste braço de justiça gigante que te trouxe até mim. Os teus sonos são tranquilos, ao contrário de tudo o resto na tua vida. És o meu fogo incandescente. O mar revolto onde quase me afogo, és o sossego e a tormenta ao mesmo tempo e no mesmo minuto. És quem me arremessa mais vida e me retira o nervosismo de que sou feita. És tudo em tão pouco tempo.
Estou a tocar os teus cabelos e sinto cada um dos cheiros que te tornam a pessoa que reconheço até de olhos fechados. Já nada me assusta, nada que não implique a tua perda. Já nada me demove de continuar a cuidar de quem me cuida. Já tenho o que me faz falta quando ainda nem sabia a falta que me fazias. Já me aninhei em ti e senti-te mover, quando acordares, outra vez, sei que te vou ter, mais uma vez. Quando olhares para mim, vais saber que estive a olhar-te enquanto dormias e que te consigo mesmo ver.
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