Tanto que precisamos de saber ver quando olhamos para alguém, que só de o pensarmos passamos a experimentar uma sensação de cansaço emocional, envolto num desgaste que custa a sarar.
Algumas pessoas vivem num drama constante. Julgam com a facilidade de quem bebe um café, olhem que para mim que nem gosto do dito cujo, existe uma ENORME incapacidade de entender do que se alimentam. Certamente que não será da mesma comida, não da minha. Apontar dedos, criticando atitudes, apenas para as repetir, e não muito tempo depois, talvez porque passem a sofrer de insanidade temporária, ou porque a memória seja curta. É TÃO mais fácil dizer do que fazer. Diminuir do que elogiar. Parece ser quase um jogo e sê-lo-á certamente para os que não gostam das suas vidas, ou estão completamente desprovidos de uma, por mais pequena que seja.
Por esta altura já vi algumas dessas pessoas provarem do seu próprio veneno, fazendo o que tanto apontavam, jurando a pés juntos que estavam acima de qualquer mácula. Não se passa um dia, e era bom que me dessem tréguas, que não presencie mais uma enormidade comportamental e não sorria para dentro - "Ora afinal era eu que..." Pois, a puta da vida também é isto, a prova cabal de que quem aponta, será apontado. Quem tanto julga, verá julgados os seus actos e os dos que ama. É o ir e vir da teimosia instalada, quando e não por maldade, a vida apenas tenta ensinar qualquer coisa mais. Mas será que aprendem? Não me parece!
Posso sempre escolher deixar de me importar, olhando para o lado, mas porque também não serei perfeita, nem quero, afinal de contas ainda não vi nenhum perfeito vivo e eu gosto de andar por aqui, vou-me regozijando com as suas borradas. "Pela boca morre o peixe" diz um dos ditados populares e há por aí tanto peixe morto...
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