Por vezes fico com um enorme receio de ainda ser vista com mais distância do que o habitual. De que achem que me coloco num lugar ao qual os outros não terão como chegar, mas asseguro-vos de que não se trata de afastamento, de supremacia ou sequer de altivez, é tão-somente a tentativa de cada vez mais estar "aqui" neste lugar que é meu enquanto por cá andar, de poder ser mais inteira e de ensinar tudo, da forma certa, aos meus, porque eu sei que eles me olham, analisam e comparam, sei porque mo dizem.
Eu sou quem se vê, em todas as circunstâncias, cuido da minha saúde mental e do meu bem-estar físico, porque apenas tenho este corpo e mente para me conduzirem numa jornada que sei quando começou, mas da qual não tenho sequer ideia de fim. Preciso de saber de mim quando precisar de mim. Preciso de usar da minha experiência para tomar decisões, mas sempre e só baseadas no que nos conferir, a todos, uma vida à qual nos quereremos agarrar e usufruir.
Hoje acordei para um facto indubitável, ainda não encontrei quem me queira mais do que tudo o resto, mesmo que acredite que essa existe, e que está apenas a viver do outro lado da vida que já escolhi. Hoje tive um acordar que me despertou, e despertei para este acordar, sentindo-me uma pessoa bem mais completa, resolvida e pronta. Não preciso de me dizer mais nada, não a mim, a personagem principal desta e de todas as histórias da qual venha a fazer parte. Preciso apenas de saber como nunca desesperar com a espera.
0 Comentários