Quem me disse que desta forma iria para até onde me imaginei, sonhando com o que representas, até quando ainda não tinhas rosto?
Será que sabes o que é amar? Já me perguntaste algumas vezes e eu quero acreditar que sei, que o entendo, mas a verdade é que da tua forma, com a tua entrega e intensidade, ainda não tinha experimentado para poder falar. Saber o que queremos de alguém, o que temos para lhe dar, até onde iremos para que a sua felicidade se transforme na nossa e para que cada sorriso que espelhamos seja uma réplica do seu, confere-nos um poder maior, uma responsabilidade que se nos cola à pele que a sua pele transforma. Saber que do outro lado de nós, que não pode ser o mesmo, porque tudo do que é feito nos acrescenta, está quem nos vê e sente realmente, muda-nos os dias e envolve-nos num misto de prazer e de medo. Prazer pelo que chega até sem o termos pedido e medo de que termine, de que não baste, que nos supere e amachuque, qual papel pardo.
Quem me disse que amar-te seria uma viagem previsível? Quem me disse que aceitar-te me encheria a alma e o coração de sentimentos que ainda não conhecia? Quem me disse que se não te souber amar, como me amas, terei que aprender de forma bem rápida e determinada?
Não sei quem me falou, como me "falou", mas o que aprendi nestes poucos dias de viagem, que já me souberam a milhas, é que de ti não poderei perder nenhuma gota e que onde estiveres estarei eu, toda, sem me esconder da importância que tens em tudo o que faço e decido. Não sei quando te terei, em pleno, mas para já o que somos, eu e tu, é bem mais do que senti em muitas outras vidas.
Quem me disse que amar-te seria assim, sabia bem do que falava!
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