Muitas vezes escolhemos o medo, porque ele nos protege de muitas decisões. Torna-se TÃO mais fácil recuar, alegando que temos medo. Medo de sofrer. Medo de reviver males do passado. Medo de ser abandonado. Medo de não ser amado como se precisa...
E viver, onde fica? Vai sempre haver quem prefira não viver, são escolhas!
Vou ser um pouco generalista, não tenham "medo". Os homens por norma nunca sentem medo quando avançam numa relação. UI, que seres corajosos. Nada os demove, nem distâncias, acham até um sacrilégio mencioná-las. O tempo também não, isso resolve-se. Nada é complicado no início. DEPOIS. Pronto, DEPOIS, coitadinhos, já é isto e aquilo, e mais o outro, e a juntar a tudo, o raio do MEDO.
As mulheres, essas complicam tudo. Analisam tudo. Medem e pesam até a pluma. Para começarem é um custo, para arrancarem é preciso um requerimento, mas DEPOIS, DEPOIS ficam prontas e pronto, vão, resolvem, envolvem-se e caminham conforme o chão. Não faz mais sentido assim?
Existem alguns cursos para os medrosos crónicos, eu mesma já tive um medo que quase se tornou um caso de saúde pública, mas superei-o, sozinha, sem recurso a químicos e sem fugir do que me assustava. Não, não tinha medo de homens, esses fazem parte da minha vida. Tinha medo de lugares fechados, mas eis que decidi que o meu medo era uma invenção minha e que me impedia de fazer coisas tão simples como andar de metro. Como sou uma mulher e não um rato, ao invés de fugir, enfrentei.
O medo que o medo nos provoca, tem uma razão de ser e existem sempre escolhas para a forma como queremos viver. Eu escolho ser sempre eu, investindo, mesmo sem garantias, no que me poderá fazer ainda mais feliz do que sou já. Mas isso sou eu, claro!
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