" Larga o que não te agarra" - Assim diz o Gustavo Santos, o mesmo que hoje tive o prazer de ver, inusitadamente, numa pastelaria em Ponte de Sôr e não pude deixar de sorrir perante as considerações que teceu nesse livro, porque fazem TANTO sentido. E não, não fui capaz de incomodar o senhor que estava acompanhado da linda esposa, nem sequer para uma selfie que provaria o que não sou forçada a provar. Prontus!
Quando soltamos as amarras e nos permitimos aceitar que nem sempre acertamos, que por vezes fazemos julgamentos errados sobre as pessoas e que elas têm o direito de nos desiludir, mas nunca nos iludindo demasiado tempo, enchemo-nos de uma liberdade que nos percorre o corpo por inteiro. Não deveríamos gastar o que nos é tão precioso, sobretudo a paciência e os momentos que passam demasiado rápido para serem descurados. Na nossa vida irá permanecer quem a ela pertença, todos os outros, passarão, tal como fazem alguns comboios, seguindo para as suas estações de origem.
Ando demasiado centrada em mim mesma para tentar entender quem não se entende. Já não movo um músculo e eles ainda andam doridos com tanto empenho físico e mudanças emocionais, para chegar a quem nunca esteve verdadeiramente comigo. Preciso, cada vez mais, de deixar que os outros sejam eles mesmos, sem qualquer cobrança, porque não pretendo ensinar-lhes nada. Sinto-me tão cheia de tudo, que não existem brechas para os vazios de conteúdo e vontade e há tanta gente vazia por aí...
"Pelo amor da Santa", como tantas vezes digo, façam-se à vida. Escolham quem vos conseguir agarrar, ou empurrem, com toda a vossa força, quem não vos segurar sequer a mão. Há muito para além do que vemos bem de frente a nós. Há mais vida, lugares, pessoas e amores que poderão ou não ser os que esperamos, mas que enquanto vão e vêm, nos recordam da nossa importância.
Quando soltamos as amarras meus amigos, nunca mais nada nos consegue condicionar e como aprender significa seguir em frente e mudar, considero-me oficialmente mudada, para melhor!
0 Comentários