Queres que te explique? Então aqui vai. Toda a gente diz que ama alguém, mas a verdade é que isso não importa nada, porque o que sentes apenas a ti diz respeito, já o que fazes...
Trataste-a mal. Não respeitaste cada um dos momentos nos quais ela esteve sempre presente, contigo e por ti. Escolheste a tua pequenez e ampliaste os teus medos, tanto, que nem o amor que lhe dizes ter foi capaz de te travar. Esqueceste-te, por momentos cruciais, de todos os que tiveram juntos e nos quais fizeram planos, embrulharam sonhos e saborearam a vida que só vos serviriam se fossem dois.
Não importa, sobretudo não para mim, que digas que amas, porque o amor mostra-se, prova-se, dá-se e entrega-se connosco dentro. Não importa que a ames, não assim, cheio de medo de que a tua vida e individualidade termine. Duas pessoas continuarão a ser duas e cada uma, com tudo o que fazem por ter e com tudo o que conseguiram armazenar. Só amar não basta para que o amor cresça e se mantenha, precisamos de querer para além do nosso mundinho, aquele em que todos chegam e opinam porque acreditam ter razão.
Não importa que a ames se não sabes como a fazer feliz, sendo-o também tu. Não importa que a ames, porque amar por si só é muito pouco. Amar carrega uma necessidade que não temos como entender, mas que a acontecer como é suposto, não deixa lugar para as dúvidas, nem para os medos e não ouve para além das palavras que apenas importam aos dois.
Não importa que a ames, sobretudo se não lhe conseguires provar que o teu amor vale a pena, ficando, mostrando-te e dando-te como ela precisa. E acredita que quando ela o tiver, inteiro, irás recebê-lo todo de volta!
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