Onde param os homens? Sim, a pergunta é mesmo essa. Onde param os homens? Aqueles e não estes de agora, até os que já o são de algum tempo. Onde param os homens que se conhecem porque já determinaram há MUITO, qual o caminho que precisavam de trilhar? Homens que não se escudam em "ses", usando-os entre cada frase. Homens que enfrentam ventos e tempestades e que não vão a correr recolher-se nos chapéus-de-chuva mais próximos. Homens que mesmo sentindo medo, sabem como lidar com cada um?
Não raras vezes digo que na outra encarnação quero ser homem para os entender melhor, mas a porra da coisa é que não me vou lembrar de nada desta vida e certamente que acabarei, também eu, medrosa, assustadiça, encolhida e desejosa de que o vento não sopre demasiado forte. Por esta altura já terei uns quantos de bandeira bem no alto a gritar que se os conhecesse não falava assim. Yeah, right! Somos todos crescidos até irmos a correr para debaixo das saias das mãezinhas. Os que têm propensão para a psicologia também dirão para o do lado - coitada, teve muitos desgostos amorosos - mas não meus amigos, tive juízo e pragmatismo que bastasse para pôr a correr uns quantos e para nunca atingir a red zone.
Homem que é homem"... tanto que ouvia esta expressão e outras bem másculas, mas pelo que parece a masculinidade tem fugido para a violência que está a aumentar. Compreende-se que assim seja, é que quando nos faltam os argumentos, a bagagem e a vida que deveríamos viver, recorremos ao mais fácil.
Não meus amigos e amigas, não estou azeda, nem sequer amargurada, estou apenas desiludida com a humanidade, é que por mais que me esforce e tente modernizar, o meu modelo ainda passa por homens e mulheres a serem felizes juntos, construindo cada sonho e resistindo às adversidades, mas também sou um ser adaptável e percebo que ou tenho ao meu lado quem reme comigo, ou afogo-o depressa para não me pesar no barco.
Embora lá a crescer pessoal, é que a vida não espera e eu também não estou a ficar mais nova, gostava, sinceramente, de ainda poder escrever de forma optimista e conciliadora, ainda neste século, se não for pedir muito.
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