Sabes que te amo? Nunca deixamos de nos perguntar e a resposta é, invariavelmente, a mesma para um e para o outro. Sei pois!
Tenho que saber, porque tu fazes questão de me lembrar mesmo que não seja possível esquecer que me queres desta forma. Tens que o saber tu, porque nunca me inibo de o dizer, vezes sem conta, as mesmas que preciso, eu mesma, de saber porque razão sei de ti assim.
Já sei tantas coisas sobre mim desde que entraste e te instalaste. Sei que passei a estar pronta, que os meus medos se reduziram e que a minha coragem, sobretudo a de te seguir, passou a um estágio que não poderá ser interrompido. Sei que acrescentas o que me faltava e que deixas tudo o resto com uma pequenez que assusta. Sei que já ninguém me absorve como o fazes e que a minha paciência, a tal que vim trabalhar, se ampliou para os que sabem do amor, e diminuiu substancialmente para os que ainda duvidam. Sei que me deixaste mais atenta, sobretudo ao que passo para ti porque estás em primeiro lugar, bem ao meu lado e porque nunca usarei, de forma ligeira, o que não te aligeirar o coração. Sei que por ti e contigo tudo o que conquisto tem um sabor muito especial e que as nossas regras, as que vamos criando a cada dia, servem para que nos continuemos a servir, amando-nos da forma que o outro sente, sem qualquer réstia de dúvida.
Tanto que sei já e tanto que vou precisar de saber ainda, para que fiques no lugar certo, para que nunca precises de perguntar duas vezes e para que sintas, com toda a naturalidade, por que razão te quero como apenas eu consigo.
O que ainda não se, e continuamente pergunto, sempre que olho para um passado que serviu de muito e que fez de mim tudo o que sou hoje, é porque não antes, porque não sempre, e porque não a minha vida toda. Pergunto-te onde andaste para que não te tivesses cruzado com a única mulher que te foi confiada, logo que pisaste este pedaço de tempo que teria que ser nosso. Ainda vou fazendo umas quantas perguntas, mas algumas até já sei responder. Sei que te amo. Sei e pronto!
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