Será que o que sei de ti me deixa saber-te, o bastante, para não cometer erros que poderão "matar-nos" aos dois?
Provavelmente ainda não e talvez nem tenha o que preciso para cuidar de ti como estás a precisar, falta-me o que não gosto de fazer, faltam-me as perguntas que me pedes para que me possas dar as respostas que tenho que ouvir. Falta-me saber como te analisar e entender. Falta-me antecipar o que farás a seguir e poderá até nem ser ficar comigo...
A verdade é que já gosto de tudo de ti, até do que me enlouquece. Mesmo sendo sempre demasiado cautelosa e receosa de passar o que não sou, sei que te passo o bastante, mas parece que te assusta assim mesmo.
Os dias nunca mais foram iguais, os meus sobretudo, que vieste revirar pondo-me do avesso, a procurar soluções que não cabiam antes, e a querer que estejas onde estiver. Os dias começam e terminam sempre contigo, nem os concebo de outra forma, porque se não te tenho, não me tenho. Se não te sinto, fico vazia, dormente e adormecida. Se não te oiço, arrasto as palavras que chegam aos outros. Os dias, um dia, serão o que queremos ambos, sobretudo quando nos tocarmos como o corpo nos pede. Quando nos olharmos como os olhos já fazem, mesmo que fechados, mas apenas imaginando o que ainda não conseguem ver. Quando as nossas bocas se colarem, para se recusarem largar, porque nos iremos alimentar do sabor de cada um, até que saborearmo-nos permaneça para nunca mais nos fugir. Quando o teu abraço me aninhar e sentirmos porque nos amamos desta forma.
Será que sei o bastante sobre ti? Será que tudo o que dizes saber de mim te basta? Ainda não, mas temos o resto das nossas vidas para descobrir, porque eu não vou a lugar nenhum sem ti e porque não planeio deixar-te continuar sem mim!
Sem comentários:
Enviar um comentário