Aprendeste a defender-te demasiado e por isso paraste de saborear o que te deixava de alma leve e coração pleno. Não voltas atrás nas certezas, porque estás inseguramente certo do que escolheste, mas igualmente infeliz!
Não te deixas recuar e com os teus medos, os que finges não sentir, trespassas-nos a ambos, afastando-nos para sempre. Não redefines estratégias, mesmo que as escolhidas nos tragam a ambos apenas dor, porque a tua vontade de já não ter vontade de mim te remete para o que conheces. Não esperas mais nada, nem da minha espera vã, excluindo o papel que me caberia no amor que sentimos. Não ouves mais nenhuma música comum e afastas as letras que te lembrariam do que tanto apregoaste sentir, mantendo-de seguramente só e inseguramente infeliz.
Não te deixas recuar nas decisões, mas no processo recuas até aos tempos em que apenas te pairava no pensamento, sem qualquer consistência e tão vaga que já duvidavas da minha existência. Não te deixas mudar, escolhendo não perceber que não estás certo, porque de contrário estarias pleno de sorrisos e sonhos. Não te deixas recuar e remetes-me para um futuro que nos impediu de saborear o presente pelo qual tanto ansiámos. Não te deixas recuar e forças-me a virar as costas, recuando eu até ao momento em que não saber de ti me saberia a normalidade...
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